O que quero compartilhar?
Existe um assunto sobre o qual vira e mexe penso e que, não à toa, já abordei numa newsletter (em setembro de 2021, na minha antiga news? Sim).
Acho que preciso muito reler Uno, nessuno, centomila, porque depois de tanto martelar esse assunto na minha cabeça, eu provavelmente teria uma leitura ainda mais interessante agora. Mas enfim, não era sobre isso que eu queria falar aqui.
Lembro que mais ou menos na época que escrevi a news mencionada e até pouco tempo atrás, eu mesma me via de maneira muito fragmentada: existia uma Tati professora, uma Tati blogueira, uma Tati que quase aspirava ser escritora, uma Tati amiga, uma Tati filha… Enfim, um e cem mil.
No ano passado, porém, consegui ir colando uma Tati na outra e entender que, mesmo parecendo coisas diferentes, ainda são a mesma Tati. Ainda um.
Vira e mexe, porém, entre um comentário e outro que, inevitavelmente, algum amigo faz sobre mim, sobre meu jeito, sobre minha personalidade, sobre minhas ações, me deixa reflexiva novamente. Sou nenhum?
Antes era engraçado perceber como as pessoas me viam. Já ouvi coisas sobre mim que não me faziam sentido, até perceber que, de certa forma, eu deveria agir de maneiras que passavam tais mensagens.
Passei da diversão à apreensão, pensando no que tornava minha imagem tão fragmentada. Um, nenhum e cem mil ao mesmo tempo.
Da diversão à apreensão, cheguei, finalmente, à compreensão de algumas ações e comportamentos e daquilo que eu conseguia e não conseguia mudar.
Ainda há quem enxergue uma Tati que eu não consigo de forma alguma enxergar, mas que me ajuda a construir os meus caminhos e minhas reflexões.
Você já parou para pensar nisso tudo?
O que ando lendo?
Em fevereiro concluí as seguintes leituras:
Mocassins e all stars (Clara Savelli)
A Chance de encontrar o amor no metrô (Rafael Dourado)
Pílulas azuis (Frederik Peters)
Luzes: quando as luzes se apagam (Leblon Carter)
E ainda estou lendo:
Morangos mofados (Caio Fernando Abreu)
Por um triz (Lais Corrêa)
Storia del nuovo cognome (Elena Ferrante)
O que andei postando?
Claro que não poderia faltar aquele resuminho dos posts do Blog, né? As publicações de fevereiro foram:
Arlindo (Ilustralu): resenha desse quadrinho que há muito tempo queria ler e que, claro, foi um abraço delicioso.
Citações #61 — Clichês em rosa, roxo e azul: juro que não foi planejado, mas na mesma semana em que saiu resenha de Arlindo, saíram também os quotes desta antologia que li ano passado e que me deixou simplesmente encantada.
Sorte ou destino? (Bruna Oliveira): resenha de uma leitura gostosinha realizada em janeiro.
Por que avaliar minhas leituras?: depois de muito tempo sem escrever nada sobre o universo literário, um daqueles posts necessários para nos lembrar da importância de avaliarmos as nossas leituras.
Crônicas e Agudas (Antonio Carlos Sarmento): resenha dessa antologia de crônicas incríveis que todo mundo deveria conhecer (principalmente os fãs de crônica, como eu).
5 anos de Blog das Tatianices: em cima da hora (na verdade, atrasada), resolvi comemorar essa data tão especial com um sorteio de livros nacionais. O sorteio já aconteceu, mas se você ainda quiser me contar o que acha do meu cantinho, será um prazer ler a sua opinião. Basta clicar aqui.
Mocassins e all stars (Clara Savelli): para matar a saudades de histórias se passando em colégios americanos, uma leitura cheia de acontecimentos e emoções.
Citações #62 — Teto para dois: para relembrar esta leitura surpreendente de 2022, mais alguns trechos dela.
A chance de encontrar o amor no metrô (Rafael Dourado): para fechar o mês, a resenha de um conto que sempre me atraiu pelo título e que foi uma leitura gostosa de se fazer.
O que eu fiz por aí?
Fevereiro pode até ser um mês mais curto, mas nem por isso nos faltam oportunidades de fazer coisas legais, não é mesmo? E olha que não estou nem falando sobre pular carnaval.
No primeiro final de semana do mês, por exemplo, fui conferir a exposição imersiva “Michelangelo: o mestre da Capela Sistina”, no MIS Experience (R. Cenno Sbrighi, 250 — Água Branca, São Paulo). A exposição está prevista para ficar em cartaz até o final de abril, sendo possível visitá-la de terça a domingo, das 10h às 18h (aos sábados e feriados até às 19h) e os ingressos custam a partir de R$15.
No dia 12, por outro lado, vivi uma experiência muito legal: participei do evento “Agente Secreto na Avenida Paulista”, organizado pela Fugativa. Trata-se de uma espécie de jogo, no qual temos que resolver um enigma para conseguir as pistas do enigma sucessivo e assim por diante. O diferencial dessa brincadeira é que ela foi realizada em plena Avenida Paulista. Ou seja, além do exercício mental, ainda teve o físico! Para quem é fã de jogos de escape, vale a pena ficar de olho.
Também foi dia 12 que comemorei meu aniversário com os amigos, o que me lembra que nada mais justo que comentar sobre o local da comemoração. Bom, esse ano eu queria comemorar num lugar que não conheço, mas que me parecia legal. Porém, quando fui tentar reservar, descobri que eles não abririam no dia que eu queria comemorar, então optei pelo conhecido e seguro: a Piadina Tree. É uma lanchonete italiana, localizada em Moema (Av. Juriti, 629 — Moema, São Paulo), especializada em piadinas (jura?). Eu frequento essa lanchonete já faz 10 anos (!) e quando comecei a ir lá ela era bem mais simples (e barata) que hoje. Atualmente o restaurante conta com uma área externa (mas fechada) que foi perfeita para a minha comemoração e como as comidas lá são deliciosas, todo mundo saiu feliz. E se você é de São Paulo e ainda não conhece a Piadina Tree, não sabe o que está perdendo, viu?
Uma música, para terminar
Confesso que não sabia muito bem que música queria trazer aqui este mês, mas outro dia a Nati me enviou essa e eu (pouco pretensiosa) disse que a música era a minha síntese, pois eu adoro Djavan, minha cor preferida é lilás e eu amo um pôr-do-sol. Então fique com Lilás para fechar essa news. E que março seja um lindo mês para nós!