O que eu quero compartilhar?
Vou ser um pouco repetitiva e começar esta news dizendo que setembro passou voando. Pisquei e era 1º de setembro. Pisquei novamente, já era dia 30.
Dizem que a cor de setembro é amarela e que este é o mês de pensarmos em saúde mental (quer dizer, todo mês é mês de pensar em saúde mental, mas em setembro esse assunto fica em evidência e, enfim, você entendeu, né?).
Setembro também é azul, mês de darmos visibilidade às pessoas com deficiência. Dia 26, inclusive, é o dia nacional do surdo, sabia?
O assunto que estive ruminando, não exatamente (ou somente) nesse último mês (que nem vi passar), mas há algum tempo é a questão da solidão.
Pensei nisso quando vi uma moça chorando em meio a um vagão lotado do metrô, sem que ninguém parecesse ligar para aquela cena. Cercada de incontáveis pessoas, aquela moça certamente se sentia sozinha ali.
Mas a solidão também me vem à mente quando vejo as pessoas tentando equilibrar tantos pratos sozinhas, sendo que muitas vezes, há outros seres humanos que estariam dispostas a dividir aqueles pratos e tornar a caminhada mais simples. Solidão às vezes é não saber pedir ajudar. Não saber dividir (principalmente dores e preocupações).
Contudo, devo dizer que, por vezes, confundimos as coisas: curtir a própria companhia, de maneira consciente, não é solidão. Ao contrário: às vezes é bom. E necessário. Num mundo que prega tanto a sociabilidade, estar sozinho (por escolha) e passar um tempo de qualidade consigo, cultivando seus pensamentos, desejos e aquilo que você talvez só possa curtir plenamente em sua própria companhia, acaba sendo deixado de lado.
É gostoso sair por aí no próprio ritmo, curtir as coisas com os próprios olhos, viver a vida no próprio ritmo. Você tem o hábito de curtir a sua própria companhia?
O que ando lendo?
Uma confissão antes de passar às minhas leituras: eu sou um pouco má comigo mesma e sempre acho que estou fazendo muito menos do que realmente estou. Já estava vindo aqui dizer que setembro foi uma vergonha para minhas leituras, pois realmente fiquei uns dias praticamente sem ler nada por lazer, devido a uma revisão que estava fazendo, mas a verdade é que li a mesma quantidade de livros que, mediamente, leio por mês. E mais do que isso: acabo de descobrir que este ano já li um livro a mais do que o ano passado inteiro (apesar de ano passado ter lido bem mais contos que este ano). Tá aí a importância de se fazer um balanço do nosso cotidiano, né?
Enfim, em setembro eu consegui ler a Antologia poética do Solano Trindade, um livro que há tempos estava aguardando a sua vez de ser lido e que surpreendeu demais. Também terminei a leitura do terceiro volume da tetralogia napolitana, da Elena Ferrante: Storia di chi fugge e di chi resta. Por fim, ainda consegui ler Querido ex, do Juan Jullian.
Uma coisa que consegui fazer relativamente bem ao longo de setembro foi manter em dia as leituras das newsletters que assino. E gostaria de destacar aqui algumas delas:
Tem essa edição aqui da
, uma newsletter italiana muito boa que, neste caso, está falando justamente sobre o tempo e as correrias.E ainda no tema correrias e tempo, tem esse texto da Brenda, na
, falando sobre nossa relação com as redes sociais.No meio do turbilhão, ler que “Nem sempre dá pra fazer o que amamos, mas o que nos permite fazer o que amamos” com certeza me tocou. Obrigada,
, por esse lembrete.Um amigo querido perdeu o pai recentemente e como eu queria que ele tivesse a oportunidade de ler esse texto, escrito pela
.Fiquei chocada (não muito positivamente e, ao mesmo tempo, talvez não surpresa) com a ousadia da pessoa retratada nesse texto do
.Numa newsletter sobre solidão e relações, eu não poderia deixar de mencionar este outro texto da
, que fala sobre a amizade entre pessoas solteiras e aquelas que estão em um relacionamento.E esse texto do
sobre cansaço? Obviamente outra temática que me pegou demais por aqui em setembro.
Ufa, bastante coisa, né? (é que esse mês eu também lembrei de ir salvando os texto que mais chamaram minha atenção).
Atualmente, estou lendo Tarsila: uma vida doce-amarga, escrito por Mary del Priore. Uma leitura que estou adorando!
* Lembrando que todos os links da Amazon que você encontra por aqui e pelo Blog são comissionados, ou seja, eu recebo uma pequena parte do valor da venda e posso usar esse dinheiro para investir nas coisas que escrevo. Você não paga nada a mais por isso, ok?
O que andei postando?
Aqui sim o cenário não é tão positivo assim... Porém, por opção minha.
A verdade é que teve uma semana de setembro que eu não sei como dei conta de tudo o que tinha para fazer. Mas dei. Deixando, contudo, o blog de lado. Era preciso fazer escolhas.
Mas aí eu percebi que, mesmo sem posts novos, o blog tinha ido muito bem naquela semana. Muitas visitas, muitos cliques. Resolvi deixar mais uma semana sem nada, para ver o que acontecia com as estatísticas dele. Ao final dessa segunda semana, elas começaram a cair e, então, retomei as postagens.
Se você perdeu alguns dos (poucos) posts de setembro, aqui estão eles:
Resilientes (antologia): resenha desta antologia recheada de contos com protagonismo LGBTQIA+
TAG Uno: uma brincadeira que mistura aquele famoso jogo de cartas e literatura!
Poemas antológicos (Solano Trindade): sim, já tem resenha desta antologia poética que tanto me encantou.
O que é a literatura? [tradução 33]: tradução de um artigo que se propõe a responder uma difícil pergunta.
O que tem para fazer por aí?
Começo esta parte da news com uma dica para quem mora em São Paulo (e arredores): finalmente fui conhecer o café da manhã do Horto Florestal e ele está aprovadíssimo! O Horto Florestal está localizado na Zona Norte de São Paulo (Rua do Horto, 931) e a entrada no parque é gratuita (mas tem estacionamento pago, se quiser) e sua área é bem ampla! Desde o ano passado, num casarão que já existia no parque, é servido um café da manhã / brunch colonial por um preço fixo (atualmente de R$59,90) e comida à vontade! A dica, claro, é chegar cedo, para escolher uma mesa com tranquilidade e se deliciar com as comidinhas oferecidas. Um passeio e tanto para se fazer com pessoas queridas.
Voltando ao universo literário, porém, há algumas novidades legais para se compartilhar, como, por exemplo, o fato do audible ter chegado ao Brasil. O audible, para quem não sabe, é a loja de audiolivros da Amazon, então se você curte esse formato, já passa lá para conhecer (e aproveitar) a novidade.
Em outubro, mais especificamente no dia 21, vai rolar o lançamento de O jovem Carlos Mattos no Ponto de Cultura Casa Rosa. Não vejo a hora de poder ler esse livro!
E começa HOJE o desafio de escrita em italiano das professoras Agnes e Mellina. Resolvi embarcar nessa aventura e, quem sabe, eu não resolva compartilhar por aqui algumas das minhas produções!?
Por fim, se você estiver em busca de editais para enviar seus textos ou livros, vale a pena dar uma olhadinha aqui. Tem bastante coisa boa com prazo agora para outubro!
Bora fechar com uma música?
Dia desses minha tia me mandou um vídeo da neta do Beto Guedes cantando Sol de Primavera e achei que não haveria música mais adequada para esta news. Me bateu uma saudade imensa de um dos melhores musicais que já assisti na vida.
Valeu pela indicação, Tati. Muita gente ficou chocada mesmo.
Adorei, Tati! Às vezes parece que a gente não fez (leu/publicou/assistiu) tudo que queria, mas quando para pra prestar atenção, ainda foi muuuita coisa. <3