O que quero compartilhar?
Julho foi mês de férias por aqui e a oportunidade de viajar trouxe, além de muitos passeios e novidades, a sua cota de reflexão.
Viajar é bom, mas “there's no place like home” e, confesso, nunca pensei muito a sério na possibilidade de morar fora. Seria como deixar coisas demais para trás. Coisas essas pelas quais prezo e não gostaria de viver sem: a convivência familiar, as conquistas dos amigos e até mesmo o tanto de lugar que ainda há para explorar por aqui.
Inclusive, uma pessoa que conheci recentemente, e que ficou surpresa com o fato de que sou professora de italiano e que simplesmente amo essa cultura, me perguntou se eu não tinha vontade de morar lá. A verdade é que não. Se eu precisasse fugir, talvez fugisse para lá, claro. Mas mudar por mudar, tendo a vida ajeitada por aqui, não. Umas horas depois, essa pessoa, que não é brasileira e estava aqui a turismo, se deu conta de que também não trocaria o seu próprio país tão facilmente assim.
Sem dúvidas, por pensar desta forma, sempre admirei a coragem de quem foi buscar aquilo que eu não buscaria. Alguns vão e ficam; outros vão e acabam voltando. Seja como for, todos são igualmente corajosos aos meus olhos.
Ainda em julho, além da possibilidade de viajar para fora e viver coisas que, como turista, são uma delícia, também tive a oportunidade de conversar mais de uma vez sobre a idealização que fazemos sobre o "morar fora", mas esquecemos que isso implica em ser imigrante em países que nem sempre vêem com bons olhos essas pessoas, por mais desenvolvidos que sejam esses lugares.
Todos esses temas casam muito bem com uma releitura que fiz no comecinho do mês — O irlandês, da Tayana Alvez, que em diversos momentos busca mostrar a dura realidade dos jovens intercambistas, sem romantização — e também com um livro que amei ter conhecido esse ano: Os olhos claros do pássaro, da Valéria Macedo.
São livros e autoras que já mencionei em outras news, mas que se trago aqui novamente é porque considero realmente especiais.
O que ando lendo?
Neste exato momento, tenho apenas uma leitura atual: Storia di chi fugge e di chi resta (o terceiro volume da tetralogia napolitana, da Elena Ferrante). Isso provavelmente deve mudar logo logo.
E julho foi um mês de boas leituras: O bebê (quase) inesperado e O caminho que me leva até você, ambos da Tayana Alvez; As luzes em mim, do Roberto Azevedo; O mistério da casa incendiada, lançamento do Rafael Weschenfelder.
E de newsletter, o que andei lendo de bom? Muita coisa! A verdade é que eu estava com emails e mais emails atrasados por aqui, mas nos últimos dias de férias coloquei uma meta de ler pelo menos cinco deles por dia e, assim, consegui estar em dia com a minha caixa de entrada novamente.
Gostaria de destacar, dentre o que li, este texto da Vanessa Guedes, sobre a nossa mania de competição (fortalecida pelas redes). E confesso que também fiquei pensativa com esse aqui, da Laura Conrado, sobre “muito ajuda quem pouco atrapalha”.
* Lembrando que todos os links da Amazon que você encontra por aqui e pelo Blog são comissionados, ou seja, eu recebo uma pequena parte do valor da venda e posso usar esse dinheiro para investir no Blog. Você não paga nada a mais por isso, ok?
O que andei postando?
Graças ao grande evento chamado FÉRIAS, consegui agendar posts inclusive para o período em que estive fora e, assim, o Blog não ficou desfalcado esse mês! Portanto, se você perdeu alguma coisa, aqui vai a listinha do que rolou:
Citações 69 — Por um triz: alguns trechinhos deste livro para você conhecê-lo ainda mais.
Laços de família — Clarice Lispector: resenha de uma obra que merece ser relida, mas que eu não poderia deixar de comentar.
TAG Passado: para descontrair um pouco, uma TAG para lembrar dos mais diversos livros.
O irlandês — Tayana Alvez: atualização de uma resenha antiga, após a leitura da nova (e física) edição deste livro maravilhoso.
Citações 70 — Storia del nuovo cognome: quanta coisa ficou de fora da resenha desse livro e quantas outras ainda ficaram de fora desses trechos. Acontece coisa demais nesse volume!
Rabo de pipa — Maitê Alegretti: resenha de um livro de poesias capaz de nos transportar para tantos lugares (interiores e exteriores)
Por que acumulamos livros sem lê-los [tradução 32]: tradução de um artigo que tenta explicar as possíveis causas para esse fenômeno que parece atingir 15 entre 10 leitores.
O bebê (quase) inesperado — Tayana Alvez: overdose de Tayana Alvez? Talvez, mas eu estava de férias e queria ler só coisa boa. Apesar de sempre vir uns belos tapas na cara com os livros da Tay.
Citações #71 — De repente esclerosei: alguns poucos trechos que ficaram de fora da resenha e que nos ajudam a querer saber mais sobre esse livro.
O caminho que me leva até você — Tayana Alvez: esse aqui é para quem ama Fórmula 1, romance, intrigas e, claro, muito conteúdo para pensar e se apaixonar.
O que tem para fazer por aí?
Apesar de sempre ter muita coisa para fazer por aí, hoje serei sucinta aqui, porque quero compartilhar duas coisas que são pra ontem (na verdade, para amanhã, mas você entendeu).
A primeira delas é a chamada da Editora Folheando, para prosa e poesia. “Os interessados em participar devem enviar os originais para original@editorafolheando.com.br até o dia 5 de agosto. As obras deverão ser enviadas no formato Word, com a fonte Times News Roman, tamanho 12, espaçamento duplo e margens de 2 centímetros. A folha de rosto deve conter o nome do autor, título da obra, gênero literário, cidade/estado. Também é preciso informar um telefone para contato”. Para saber mais, vem aqui.
E a segunda é o lançamento presencial do livro O mistério da casa incendiada, do Rafael Weschenfelder. O evento será realizado amanhã (05/08), na livraria Cultura, do Conjunto Nacional, a partir das 15hrs.
E sabe o que vai rolar além da sessão de autógrafos? Contação de contos de terror… E eu serei uma das autoras por lá! (falei que seria sucinta, mas deixa eu explicar isso aqui).
Para promover o livro do Rafael, a Editora Naci abriu um concurso cultural de microcontos (micro mesmo!) e 10 textos foram selecionados. Os vencedores vão ganhar livro autografado, brinde da editora e essa oportunidade legal de dividir este dia tão especial com o Rafa. Eu arrisquei um continho e fui uma das dez selecionadas!
Bora fechar com uma música?
Como aqui eu costumo voltar ao tema lá do começo da news, a música de hoje não poderia ser outra se não aquela que logo me veio à mente enquanto eu escrevia as abobrinhas que queria compartilhar ali em cima.