O que quero compartilhar?
Não sei porque, mas eu ainda me impressiono com o tanto que minha cabeça é capaz de produzir pensamentos (inúteis, é verdade).
Em março (é, eu escrevi esse texto há um tempinho), contudo, fiquei ainda mais impressionada com a quantidade de insights sobre minha vida que esta caixola às vezes é capaz de produzir.
Estive refletindo bastante, principalmente sobre um assunto: abraços. Ou mais amplamente, sobre calor humano.
Ano passado comecei em um novo emprego e eu sei que tenho dificuldade para me conectar com pessoas novas, quase como se um grande muro invisível precisasse ser desmontado, tijolo a tijolo (sim, um processo bem lento). Para melhorar minha situação, eu estava mergulhando num lugar grande, com MUITAS novas pessoas para me conectar.
Esse ano, porém, tudo começou a parecer mais brilhante, mais caloroso e mais fácil. Como se de repente o muro já estivesse praticamente todo desmontado. Tudo bem, um ano havia se passado, mas parecia ter algo a mais.
Depois de muito pensar sobre o assunto, me dei conta de um simples elemento que contribuiu muito para essa mudança: ano passado (principalmente no início do ano) a pandemia ainda nos assombrava em grande medida.
Na minha primeira semana de trabalho do ano passado — pior ainda, na semana de integração — me vi perdida em meio a um mar de gente desconhecida, porque minha coordenadora — a única pessoa com quem eu realmente tinha tido algum contato até então — estava com covid e, portanto, em casa.
Agora nós lidamos muito melhor com tudo isso: a covid já não assombra tanto assim (graças às vacinas, vale lembrar). As máscaras já não são obrigatórias 100% do tempo e o fato de chegar sorrindo (e mostrando esse sorriso) nos lugares facilita uma abertura mais gentil das pessoas. Sem falar nos abraços, que voltaram a fazer parte das saudações.
Convenhamos, como não acabar se conectando um pouquinho mais com as pessoas através de um bom abraço e um largo sorriso? E, para completar, pessoas perfumadas, quando nos abraçam, deixam um pouco do perfume em nós, então é como se o abraço permanecesse por mais tempo, sendo presença mesmo na ausência.
O que ando lendo?
Aconteceu! Em abril eu concluí a leitura de Storia del nuovo cognome (Elena Ferrante)! Além disso, também li De repente esclerosei (Marina Mafra) e Dolls (A. S. Victorian). Foi um mês de boas leituras, em suma.
Agora eu estou lendo:
Os olhos claros do pássaro (Valéria Macedo) — aliás, o ebook estará gratuito amanhã (02/05/2023)!
Curando meu coração (Elisio Carvalho)
Carrie Soto está de volta (Taylor Jenkins Reid)
Pesquisa de Ação em Sala de Aula (Gregory Hadley)
* Lembrando que todos os links da Amazon que você encontra por aqui e pelo Blog são comissionados, ou seja, eu recebo uma pequena parte do valor da venda e posso usar esse dinheiro para investir no Blog. Você não paga nada a mais por isso, ok?
O que andei postando?
Vou te dizer que nem sempre é fácil equilibrar todas as obrigações do cotidiano e a vontade de escrever vários posts para o blog… Mas seguimos tentando, né? Em abril, apesar de tudo, consegui publicar os seguintes conteúdos:
Hoje não tem resenha mas…: um post para divulgar esta newsletter por lá! E você também pode compartilhá-la com quem quiser, viu?
Citações #65 — Sorte ou destino?: alguns trechos desse livro lindinho (mas não mais disponível na Amazon).
Storia del nuovo cognome — Elena Ferrante: AQUELA resenha deste livro que estava me acompanhando desde janeiro (e que já me deixou com saudades).
De repente esclerosei — Marina Mafra: resenha de uma leitura gostosinha e capaz de nos fazer querer saber mais e mais sobre um tema tão importante quanto a esclerose múltipla.
Nomes famosos, títulos de filmes e livros [tradução 30]: tradução de um artigo que fala sobre alguns nomes de personagens famosos, em italiano. Tem uma traduções hilárias e surreais, sério.
O que eu fiz por aí?
Abril foi um mês um pouco menos caseiro que março. Claro que a presença de tantos feriados contribuiu muito para isso, porque a correria não deu trégua e se não fossem os feriados, seria impossível ter dado conta de todas as obrigações e dos respiros necessários.
Aliás, um lugar ótimo para uma pausa na rotina, com direito a comida boa e um cardápio extenso é o Le Blé. Esse foi um achado do ano passado e que, desde então, tem sido um favorito por aqui. O Le Blé tem duas unidades aqui em São Paulo (Higienópolis e Jardins) e ambas valem a visita.
Mas gostoso também foi o lançamento do livro Curando meu coração, do Elisio Carvalho. Eu havia divulgado o evento em minha última newsletter, mas nem de longe imaginava que o sarau seria tão rico, com poesia e muita música boa.
Em abril eu também finalmente conheci o MuBE: Museu Brasileiro da Escultura e da Ecologia. Com entrada gratuita, o museu, que se esconde abaixo de um pequeno e belo parque, tem o suficiente para nos surpreender. A exposição em cartaz é sobre Niéde Guidon e a Serra da Capivara e vale demais a visita.
Também foi em abril que finalmente foi lançado o livro Albert, o pequeno morador de Plutão, da Olivia Couto. Trata-se de uma obra infantil, ilustrada com aquarelas e com versão do texto em italiano (ah, sim, eu colaborei com a tradução). O livro ficou lindo!
E por falar em lançamentos, no dia 06 de maio, às 17 horas, a Maitê vai lançar Rabo de Pipa, seu segundo livro de poesias. O lançamento ocorrerá na Dita Cabrita, aqui em São Paulo. Mais um evento literário para prestigiarmos.
Uma música, para terminar
Já que essa news fala de calor humano e abraços, a música não poderia ser outra, né? (quer dizer, com certeza poderia ser outra, mas essa foi a primeira que me veio em mente. Quando você pensa nesses dois temas, de que música lembra? Não deixe de me contar!)